A demanda crescente de estudantes interessados nos cursos da área de Engenharia tem despertado o interesse de instituições de ensino superior. Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, ampliou, nos últimos anos, o leque de opções e atraiu instituições privadas, como o Cescage, Unopar e Unicesumar. Com o maior distrito industrial do interior do Estado – atrás apenas de Curitiba e região metropolitana-, e com a forte presença da agroindústria, a cidade atrai acadêmicos de diversas regiões do Brasil e consolida-se cada vez mais como um polo universitário.
Há aproximadamente uma década, apenas instituições públicas, como a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), ofereciam cursos de Engenharia e Agronomia na cidade. Em seguida, vieram o Cescage, Unopar e a Unicesumar, todas elas privadas. “O aumento na quantidade de cursos de Engenharia Civil, por exemplo, reflete o aquecimento do mercado da construção nos últimos anos em todo o País, proveniente da disponibilidade de crédito para a construção civil e programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, explica o gerente regional do Crea-PR, Vander Della Coletta Moreno.
Além disso, o gerente do Crea-PR em Ponta Grossa, acredita que as instituições públicas existentes na cidade não conseguiram absorver a demanda de estudantes interessados em cursar Engenharia e Agronomia, o que despertou a atenção das instituições privadas. Atualmente, conforme levantamento do Crea-PR, Ponta Grossa concentra quatro cursos de Agronomia, quatro de Engenharia Civil, três de Engenharia Elétrica, três de Engenharia de Produção, três de Engenharia Mecânica, que são considerados os mais volumosos.
São disponibilizados ainda cursos de Engenharia de Alimentos, de Bioprocessos e Biotecnologia, além de Engenharia Química, de Computação, de Sistemas, de Materiais, e de Geografia, além dos cursos de Tecnologia. O aumento na quantidade de cursos, conforme Vander, reflete também no volume de Engenheiros residentes em Ponta Grossa.
Levantamento do Crea-PR, regional de Ponta Grossa, mostra a evolução do número de profissionais registrados junto à autarquia nos últimos oito anos. Em 2010, eram 2,6 mil registros e, em 2018, chegou a 3,7 mil, uma evolução de 42%.
Com o objetivo de discutir questões relacionadas às profissões e aproximar o Crea-PR e instituições de ensino superior, o Conselho Paranaense, por meio do Colégio de Instituições de Ensino (CEI), se reúne periodicamente com as universidades e faculdades. “O Crea-PR tem a Comissão de Educação e Atribuição Profissional que subsidia o trabalho das Câmaras Especializadas, realizando procedimentos de análise técnica e informando sobre as atribuições das profissionais”, conta a Engenheira Civil, Margolaine Giacchini, Conselheira e presidente da Comissão de Educação e Atribuição Profissional do Crea-PR.
Na percepção da Conselheira do Crea-PR, as diversas opções de cursos disponíveis na cidade, sejam de instituições de ensino públicas ou privadas, atraíram um grande número de acadêmicos de outras regiões do Brasil para Ponta Grossa . “Muitos deles já conseguem ser efetivados nas empresas que trabalham assim que se formam. Outros, retornam à cidade natal”, pontua.
Sobre o Crea-PR
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilziados via Editais e Chamamentos.