O Ecossistema Local de Inovação do Sertão Alagoano é um dos seis semifinalistas da categoria Ecossistemas de Inovação (E.I.) – subcategoria ‘Estágio Inicial’, do Prêmio Nacional de Inovação (PNI) edição 2021/2022. A premiação é realizada pelo Sebrae e Confederação Nacional da Indústria (CNI). Um Ecossistema Local de Inovação é aquilo que reúne, estimula e gera integração entre empresas e demais atores que proporcionam o viés da inovação para promover o desenvolvimento social e econômico.
O grupo do Sertão, único do Nordeste a chegar na etapa semifinal do PNI, é composto pelos municípios de Delmiro Gouveia, Piranhas e Santana do Ipanema, sendo classificado como ecossistema em fase inicial e atua nos campos de economia criativa e turismo, agroprodução e Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Um dos atores desse ecossistema é o Sebrae Alagoas, que também participa do ecossistema de Maceió e do Agreste e também articula a criação de mais um na região Sul do estado.
Analista da Unidade de Soluções e Inovações do Sebrae Alagoas, Heitor Barros, destaca que tudo isso é resultado da união e o engajamento dos atores envolvidos, como as prefeituras, secretarias e instituições das três cidades, além do papel das instituições de ensino superior, como a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal).
“O Sertão é diferente. Os atores fazem as coisas com muita vontade. As pessoas se dedicam mesmo ao que vão fazer. Dentro dessa metodologia, montamos um plano de ação com atividades levantadas pelos próprios atores e o que eles achavam que tinham que acontecer para desenvolver o ecossistema. Eles têm um comprometimento muito grande para que essas ações se transformem em realidade”, afirma o analista.
Heitor Barros também ressalta que esse resultado mostra que o ecossistema está em um caminho certo para crescer e que com o trabalho do Sebrae (de orquestração e provocação dos atores) a conquista pode servir de incentivo para a continuidade de ações e até para a criação e desenvolvimento de ecossistemas no estado.
O analista falou sobre algumas iniciativas do Sebrae dentro do Ecossistema. “Estamos com um plano específico para o grupo de agroprodução. Isso só reforça o quanto eles se dedicam e se organizam. Nós, enquanto Sebrae, ajudamos no que eles mais precisam. O Ifal Piranhas vai ter um espaço maker com impressoras 3D e outras máquinas de fabricação aditiva e nós estamos apoiando com conhecimento. Fizemos um curso para eles de como levar esse conhecimento para a sala de aula. São várias pequenas ações que fazem com que o ecossistema se desenvolva. Isso tudo é para que pequenos negócios inovadores nasçam e se desenvolvam na região”, conclui.
Além do Ecossistema do Sertão Alagoano, os outros semifinalistas são: Sistema Regional de Inovação do Norte Pioneiro do Paraná; Viveiro da Inovação – do Tocantins; Habitat de Inovação Avança Araucária – Paraná; Ecossistema de Inovação de Sinop – Mato Grosso e Ecossistema de Inovação do Médio Noroeste do Paraná.
Atores de todos os seis já são entrevistados pelos avaliadores do PNI para a validação de informações repassadas nas inscrições. Apenas três ecossistemas serão selecionados para a final, com anúncio do grande vencedor entre os dias 9 e 10 de março durante o 9º Congresso Brasileiro de Inovação, em São Paulo.