Este ano, o estudo está separado em quatro temas considerados chaves que representam os comportamentos de consumo do mercado para os pequenos negócios: novos formatos de consumo; estilo de vida e cotidiano; sustentabilidade; e o futuro do trabalho.

O veganismo de luxo, por exemplo, está no pilar de estilo de vida e cotidiano. Ano após ano, o movimento vegano é considerado uma tendência e a intensificação deve seguir agora no aspecto de luxo, com a utilização de cardápios completos nesse ramo por restaurantes e chefs de gastronomia famosos. Nesse ponto, o estudo traz exemplos de que o Eleven Madison Park, em Nova York, considerado um dos melhores restaurantes do mundo, tornou-se completamente plant-based, ou seja, realizou uma reestruturação e passou a oferecer apenas pratos de origem vegetal.

Além disso, outra informação presente no levantamento é de que o setor alimentício à base de plantas foi estimado em US$ 35,6 bilhões em 2020, com expectativa de chegar a US$ 74 bilhões até o ano de 2027, segundo a Revista Forbes.

“Com o Guia, o Sebrae segue com a democratização da informação para os empreendedores, de forma organizada, clara e prática. As pessoas tendem a pensar que incluir tendências em seus negócios é difícil, mas é o oposto. O estudo apresenta várias formas de inovar e reinventar de maneira simples, rápida e efetiva. Falamos sobre a experiência do cliente, adequação nos produtos e na comunicação, pontos como esses que podem atrair um público próximo e tornar a empresa mais competitiva”, explica o consultor do Sebrae/PR, Mauricio Reck.

Além das tendências, o relatório traz a ferramenta “Lente do Futuro” para ser utilizada após a leitura. Ela instiga o empreendedor a realizar uma análise para entender a direção, por meio de padrões e mudanças, em que a área onde atua está e em qual direção pode seguir. Desse modo, o usuário conecta as tendências que teve acesso no material ao seu modelo de negócio e, assim, tem diferentes visões plausíveis do futuro.

Na prática

De Londrina, a Ana Vegana é uma empresa paranaense plant-based, que surgiu da dificuldade do casal Bruno e Ana Elisa Vercelheze em encontrar alimentos veganos no mercado para o filho recém-nascido, que havia sido diagnosticado com alergia a uma proteína presente no leite.

A ideia da Ana Vegana surgiu por conta de uma necessidade familiar. Foto: divulgação.

“Como ainda estava no período da amamentação, foi necessário modificar a alimentação da nossa família e, então, nasceu a nossa empresa, um caso de amor com o veganismo e isso se tornou um propósito de vida”, comenta Ana Elisa.

Criada em julho de 2021, a Ana Vegana comercializa pães sem queijo, produzidos à base de batata doce ou batata inglesa. A empreendedora conta que a edição anterior do Guia de Tendências serviu como fonte de informações e permitiu identificar um novo público em potencial para o seu negócio.

“Ele serviu para identificar que os millenials, aqueles nascidos no começo da década de 1980, são um dos principais grupos a procurar por produtos desse segmento. O Guia permitiu identificar o que o grupo costuma buscar e o porquê de consumir. Isso gerou impacto em nossos canais de comunicação, marketing e também nos auxiliou na elaboração de um plano para os próximos anos da Ana Vegana”, ressalta a empresária.

Além de Londrina, os produtos da Ana Vegana também são comercializados em cidades próximas como Cambará, Cambé, Ourinhos e Rolândia. A empresa está planejando expansão para outros mercados, como Maringá e municípios da região.

“O nosso intuito é promover a equidade, para levar até o consumidor alimentos 100% à base de plantas, com sabor e autenticidade. A nossa marca investe muito em tecnologia, qualidade, sustentabilidade e amor pelas pessoas, pelos animais e respeito pelo nosso planeta”, finaliza Ana Elisa.

Os interessados por tendências encontram o Guia e outras informações no site do Sebrae que podem auxiliar em seus negócios.