Escrever nunca foi tarefa fácil. Na área da comunicação, saber empregar bem as palavras é pré-requisito para se dar bem no mercado. Mas vai muito além disso, não basta somente escrever corretamente, é preciso cativar o leitor e, claro, sempre cumprir o objetivo do texto que você está escrevendo. Como assim?
Por exemplo, se você está escrevendo um release para um evento agropecuário, qual é o foco principal da informação? Instigar o leitor a visitar o evento em questão. Pensando nisso, a gente resolveu arregaçar as mangas e escrever esse artigo para te ajudar a redigir bons textos, que prendam a atenção de quem está lendo.
Aqui na Savannah, uma das coisas que a gente sempre faz, antes de desenvolver qualquer conteúdo, é pesquisar sobre o público que vai ser impactado por aquele material, pois é preciso se colocar no lugar do leitor e pensar “será que eu gostaria de ler isso?” ou “será que eu terminaria de ler esse conteúdo?”.
Se não for assim, não atrai o leitor, sabe? Ele não continua, porque logo perde o interesse.
Escrever bem não tem formula mágica, nem mandinga, simpatia ou receita de vó. É um reflexo que vem do repertório do escritor, do conhecimento que ele tem do mundo e da língua escrita. Quanto mais se lê, mais experiência se ganha e, na hora de passar para o papel, tá tudo ali: na nossa cabeça – por mais clichê que isso pareça.
Não rebusque e não enrole. Utilizar palavras difíceis ou sofisticadas demais em ocasiões inadequadas é um erro muito cometido por aqueles que querem dar mais valor ao seu texto. Utilize sentenças curtas e coesas. Não é legal que, por erros na construção frasal, o leitor tenha que interpretar o que você quis dizer.
A Patrícia Gomes, assessora aqui da Savannah, trabalha na área há 20 anos e nos contou tudo (e mais um pouco) sobre o que é necessário para escrever um texto que prenda a atenção do leitor.
Na minha opinião, não existe uma fórmula mágica. Há algumas coisas que ajudam. Escrever bem está muito ligado à intimidade do autor com os livros. O melhor ensinamento vem da leitura, do aprimoramento das técnicas, da experiência, da prática do dia a dia, da criatividade e da inspiração.
Mas, para um bom escritor, mesmo em dias de pouca inspiração, dá para fazer um bom texto simplesmente porque a pessoa carrega consigo conteúdo próprio, que é só dela e não tem como plagiar (…) ler reportagens de diferentes gêneros ajuda muito.
Eu faço muito isso. Leio matérias de tudo: esporte, cultura, turismo, cotidiano, policiais. Isso te traz uma bagagem legal para trabalhar diferentes gêneros de texto. E para pegar o jeitinho de cada editoria também é ótimo.
Importante sempre fazer uma boa revisão do que você escreve e checar se há coerência, sequência lógica, argumentos, início, meio e fim. No mais, é dominar a técnica, ser criativo e cuidadoso com o português.
(…) A gente deve estar sempre aprendendo porque nossa área é muito dinâmica. Um dia você escreve para um shopping e no outro está falando de equipamentos colheitadeiras. Você precisa escrever bem e de uma forma criativa e vendável para todos os clientes. É desafiador e um grande aprendizado.