Desde o início do ano passado, 35 cinco empresas do sudoeste e oeste do Paraná associadas à Rede Forte de Supermercados integram o Projeto de Encadeamento Produtivo. O grupo vem recebendo consultorias e treinamentos para modernizar a gestão, aumentar a competitividade e ampliar vendas. A mais recente ação está contemplando lojas da região Sudoeste, que estão sendo visitadas pela consultora Eliza Almeida, de Curitiba, especialista em visual merchandising (ferramenta estratégica para trabalhar os ambientes e atrair clientes). Durante cinco dias (19 a 23 de março), a consultora percorrerá 15 estabelecimentos em 12 cidades.

A especialista vai analisar cada estabelecimento e elaborar relatórios personalizados, em sintonia com o que está em alta no segmento. “Vamos trabalhar orientando os empresários no que devem investir para fazer com que o ambiente de venda deles seja mais estimulante e, consequentemente, venda mais”, detalha Eliza.

A consultora ressalta que os mercados são visitados com mais frequência pelos clientes. “O conceito mudou muito. Hoje, os mercados têm que ser um passeio, tem que ser prazeroso estar no ambiente, pois o tempo das pessoas é muito valioso”, ensina Eliza Almeida.

Jocelei Fiorentin, consultora do Sebrae/PR, observa que as ações do Encadeamento Produtivo miram propósitos específicos, como capacitação e orientação dos empresários para a melhoria da gestão empresarial, o planejamento dos negócios e o estabelecimento de estratégias que melhorem os resultados das empresas.

“Alguns mercados já estão implantando ações significativas. A oportunidade de eles se encontrarem, mensalmente, faz com que eles troquem experiências e boas práticas. É uma das virtudes do projeto”, exemplifica Jocelei.

Gilmar Netto, presidente da Rede Forte, recebe a consultora Eliza Almeida em seu supermercado, em Barracão

É o caso do mercado Schenckel, de Capanema. Cassiano Roberto Schenckel, sócio-administrador da empresa, relata que foram instalados 200 paineis de 325 kW cada, em dezembro passado.

“Eu já tinha vontade de instalar [as placas], mas não tinha coragem. Nos encontros com participantes do Encadeamento Produtivo, conversei com alguns associados e acabei instalando os painéis”, admite. Schenckel informa que consegue suprir 95% da demanda de energia elétrica do mercado. A economia com a conta de eletricidade será paga em cerca de seis anos e os painéis solares têm 25 anos de vida útil.

Juscelino Luiz Pansera foi um dos empresários que Cassiano Schenckel consultou. Proprietário de um mercado que leva seu sobrenome, em Anchieta, no oeste de Santa Catarina, Pansera foi o primeiro associado catarinense da Rede Forte e estuda sobre placas fotovoltaicas desde 2013.

“A energia renovável sempre me atraiu. Nós, empresários, temos que ter consciência do impacto ambiental de nossas decisões”, alerta.

Pansera contratou a instalação de 265 placas (com 325 kW cada) e o sistema baseado na energia solar começou a operar em novembro do ano passado. “A miniusina geradora consegue suprir de 85% a 90% da energia elétrica consumida no meu mercado”, conta o empresário catarinense, que trabalha com equipe de 11 colaboradores.

O mercado de Anchieta recebeu a visita da consultora Eliza Almeida na segunda-feira (19). “Precisamos ter a mente aberta para não perder as oportunidades e não ficar para trás. Os organizadores do projeto estão sendo muito felizes na escolha dos profissionais que estão conduzindo as ações”, elogia Juscelino Pansera.

O presidente da Rede Forte, Gilmar Luiz Netto, avalia positivamente o andamento do projeto de Encadeamento Produtivo.

“As ações estão sendo aplicadas e temos verificado avanços por parte dos associados participantes. São soluções práticas e plenamente executáveis”, salienta Netto, que recebeu a visita da especialista de Curitiba em seu mercado, o Verdurão, em Barracão, também no dia 19.

“As 35 lojas que começaram no projeto, no começo do ano passado, continuam participando, o que mostra o sucesso da iniciativa. Investir no profissionalismo da gestão dos mercados associados é nosso objetivo número um”, crava Gilmar Netto. O presidente da Rede Forte adianta que a associação já conversa com a gerência da Regional Sul do Sebrae/PR sobre a possibilidade de uma segunda edição do Encadeamento Produtivo.

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