O crescimento industrial acima da média do Estado, a posição geográfica privilegiada e a infraestrutura de transportes têm beneficiado Ponta Grossa e região com relação à contratação de Engenheiros Eletricistas e Mecânicos, nos últimos quatro anos. É o que mostra o levantamento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR). Conforme os dados, o número de contratos de execução de obras e prestação de serviços nessas áreas teve incremento de 43%, passando de 3.040, em 2014, para 4.375, em 2018. No Paraná, a evolução é de 26%.
Para o gerente regional do Crea-PR, em Ponta Grossa, Vander Della Coletta Moreno, a evolução no registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é reflexo da formalização dos contratos de execução de obras de serviços de engenharia em ART e o crescimento do mercado de trabalho dos profissionais, tanto no setor industrial – com as instalações e manutenções industriais -, quanto na construção civil. “Esta última vem se mantendo aquecida e também demanda serviços de profissionais das áreas elétrica e mecânica, como projetos, instalações, manutenções de equipamentos e vistorias”, explica.
Conforme Vander, o crescimento do setor industrial e da construção civil se traduz em um desafio para o trabalho de fiscalização realizado pelo Crea-PR, principalmente com relação à atividade ilegal de empresas, sem a participação técnica de profissionais de engenharia, além da atuação de pessoas físicas sem a devida habilitação. “O objetivo de nossa fiscalização é coibir o exercício ilegal da profissão de engenheiro e de garantir apenas que empresas e profissionais habilitados atuem neste mercado, que exige conhecimento e responsabilidade técnica”, pontua.
Em Ponta Grossa e região, os Engenheiros Eletricistas são mais demandados em serviços de laudos, avaliações, vistorias e perícias, postos de transformação de energia, equipamentos eletroeletrônicos, sistemas de distribuição em baixa/média/alta tensão, sistemas de comunicações por fibra ótica, linhas/redes de distribuição urbana, energias alternativas, linhas/rede de distribuição rural, equipamentos odonto-médico-hospitalares, instalações elétricas temporárias, linhas e redes de telecomunicações, instalações elétricas e subestações de consumidores de energia elétrica.
Já na área de Engenharia Mecânica e Metalúrgica é crescente os serviços de laudos, vistorias e perícias, elevadores, cadeiras e vasos de pressão, estruturas metálicas, instalações mecânicas industriais, ar condicionado, centrais de gás e manutenção industrial mecânica. O Inspetor do Crea-PR, o Engenheiro Mecânico, Alexandre Francisco Nekatschalow, acredita que as empresas estão mais atentas com relação às normas regulamentadoras e às questões legais. “O trabalho efetivo de fiscalização do Crea-PR reflete no aumento da demanda dos profissionais que são obrigados, por lei, a registrar a ART de todo contrato para execução de obras ou prestação de serviços de engenharia”, reforça. A opinião é compartilhada pelo Engenheiro Eletricista, Alex Sander Sebaje, inspetor do Crea-PR. “Além da fiscalização efetiva efetuada pelo Crea-PR, muitos dos investimentos industriais anunciados lá atrás para Ponta Grossa e região estão saindo efetivamente do papel”, pontua.
Evolução da quantidade de ARTs
Ponta Grossa e região
2014- 3040
2015- 3545
2016- 3612
2017- 3877
2018- 4375
Paraná
2014- 60.635
2015- 63.389
2016- 64.771
2017- 66.560
2018- 76.489
*Fonte: Crea-PR
Sobre o Crea-PR
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharias, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização profissional, primando sempre pela qualidade na prestação dos serviços prestados.