Design para Mídias Sociais

  • março 3, 2020
  • Blog

Continue a nadar…

O design, por definição, é o conjunto de conceitos que representam forma e função para qualquer tipo de produto, seja ele real ou digital. Como ofício, sempre carregou consigo um forte aspecto de planejamento e experimentação, investigando a complexidade das múltiplas opções, mas buscando a simplicidade e a eficiência, tanto para a funcionalidade como para a estética.

Dentro do campo da comunicação, por exemplo, temos no design de marcas uma representação extremamente clara dessa definição. Empresas como Apple e Nike são cases de sucesso absoluto. Marcas simples, esteticamente singulares, monocromáticas e recheadas de significados subjetivos que criam camadas e mais camadas de associações sincréticas aos produtos, permitindo uma fusão profunda de filosofia, cultura e ideologia.

Porém, com a evolução da comunicação e o avanço das redes sociais, o papel do design também mudou. São dezenas de novas mídias, múltiplos formatos, opções estáticas, carrossel, gifs ou vídeos. Existe a possibilidade de segmentar o discurso para atingir públicos muito específicos, muitas vozes, muitas formas… Ou até mesmo falar de um para um. Além disso, existe o feedback imediato da própria rede, espaço em que o público é capaz de responder à publicação de igual para igual. No meio desse mar de mudanças, empresas e profissionais de design precisam continuar nadando!

 

Isso mesmo. 

A novidade move a internet. As tendências mudam cada vez mais rápido, bem como surgem novas ferramentas, e os conceitos de ontem, principalmente aqueles mais populares e utilizados por todos os lados, caem em desuso do dia para a noite. Grande parte dessa rápida transformação na atualidade está relacionada ao aumento do volume de peças que as agências de comunicação produzem atualmente. Afinal de contas, as mídias sociais requerem atualizações constantes em suas diversas plataformas e formatos.

Há menos tempo para o designer se dedicar a cada peça, isso é fato, mas não é necessariamente negativo. As campanhas, atualmente, buscam fortalecer muito sua base conceitual e o planejamento, porém, é preciso diversificar e ampliar os horizontes do design.

A comunicação nessa nessa Era Digital, por meio de diversas mídias sociais, é um diálogo aberto com o consumidor. E assim como um planejamento de branding deve saber definir estratégias institucionais, mas também prever e aproveitar oportunidades que surgem organicamente nas redes, o design também precisa ter essa consciência de estabelecer uma identidade visual forte e clara, mas capaz de se adaptar aos diferentes discursos e ou públicos.

 

Isso é nadar!

O design para mídias sociais respeita a identidade de uma marca, mas consegue falar a língua de cada rede, com públicos e formatos diferentes, fortalecendo um discurso único. Por isso é necessário entender muito bem a relação entre o interlocutor e o receptor de cada mensagem, além de compreender todos os obstáculos e características do caminho entre eles.

E por falar em obstáculo, o tempo é o maior deles. Tudo na internet acontece ao mesmo tempo e agora. Basta ver a linguagem dos memes para compreender como o tosco, o mal feito e o simples funcionam pelo momento da piada, do hype. Porém, para o design, como ferramenta de criação de discurso, é preciso agilidade para trabalhar com os prazos reduzidos e garantir, mesmo assim, peças de qualidade.

Design é forma e função… É necessário para todas as marcas que tentam impor sua presença e se destacar na internet. Todos querem ser um tubarão! Então, nesse oceano cheio de opções das mídias sociais, as cores, os formatos, as mídias e os discursos se unem para inflar as velas e desafiar o tempo, desvendando todos os dias, e a cada um deles,  novos caminhos para chegar até o consumidor.

 

Continuamos a nadar…

Homero Meyer,
Coordenador Geral de Criação.

 

Compartilhe nas redes sociais