Buscando, cada vez mais, reconhecimento, satisfação pessoal e realização profissional, o caminho do empreendedorismo tem sido a opção escolhida por muitas mulheres brasileiras, que encontram no universo dos negócios uma oportunidade para a independência financeira e para o êxito no mercado de trabalho. É o que indica o estudo “Empreendedorismo Feminino no Brasil”, realizado pelo Sebrae Nacional em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (8).

De acordo com os números, obtidos a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, 51% das mulheres que são donas de negócio na Paraíba afirmaram ser também chefes de domicílio, ou seja, as principais responsáveis por custear as despesas familiares. Enquanto donas de negócio, 92% das paraibanas também afirmaram que trabalham por conta própria, ou seja, sem a ajuda de funcionários.

Ainda do ponto de vista financeiro, os números também demonstram que a maior parte das donas de negócio no estado, 76%, tem renda de até um salário mínimo. Já em relação à educação, o estudo realizado pelo Sebrae revela que, na Paraíba, apenas 18% das donas de negócio concluíram o ensino superior, percentual que no Brasil é de 27%. Outro ponto analisado pelo estudo, conforme os dados divulgados pelo Sebrae, é a proporção de donos de negócio na Paraíba. Segundo os números, 34% são mulheres e 66% são homens, o que faz com que o estado tenha a mesma proporção verificada nacionalmente pelo estudo.

Para a analista técnica do Sebrae Paraíba, Renata Câmara, os dados demonstram que o empreendedorismo feminino está avançando, mas que ainda possui barreiras a superar. “Se olharmos para a história, ao longo do tempo as mulheres foram gradativamente buscando seu espaço no mercado de trabalho, brigando para terem primeiro os seus espaços como trabalhadoras para depois poderem ser respeitadas com seu conhecimento, suas habilidades e competências, começando a ocupar cargos de liderança, não só nos negócios, mas em todos os ambientes de trabalho. Logo, quando falamos em donas de negócio estamos falando de líderes, ou seja, esse número ainda está aquém do potencial que as mulheres têm para desenvolver e entregar à sociedade”, avaliou Renata Câmara.

Ainda conforme a analista, aumentar o número de mulheres ocupando posições de liderança é fundamental para a diversidade no mundo dos negócios. “As pesquisas mostram que as mulheres estão avançando a cada ano, mas ainda enfrentando muitas barreiras, que são culturais, uma vez que elas são muito mais demandadas do ponto de vista doméstico e maternal, o que exige dela dividir o tempo com as outras atividades. Em resumo, a mulher empresária ainda tem que dar muito mais tempo e suor para conseguir gerenciar as suas atividades empresariais, pessoais, políticas e sociais”, acrescentou a analista.

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