Empresários, poder público, entidades do setor produtivo e instituições de Ensino Superior participaram nesta terça-feira (07), da apresentação do plano de ações do ecossistema de inovação de Ponta Grossa, criado dentro do estudo de mapeamento do setor, viabilizado pela parceria entre o Sebrae/PR, Prefeitura de Ponta Grossa e Fundação Certi.
O plano incluiu ações de curto, médio e longo prazo e foi validado junto aos atores do ecossistema, que estiveram reunidos no escritório regional do Sebrae/PR em Ponta Grossa. Dentre as principais estratégias definidas estão a criação de uma governança única, com representantes do setores de agronegócio, tecnologia da informação e comunicação, mecatrônica, química/materiais, que são os setores com maior potencial no Município, conforme apontou o estudo.
Também está previsto o desenvolvimento do projeto Trilha Empreendedora com o objetivo de gerar ideias inovadoras no Município. A intenção é preparar professores para disseminar o empreendedorismo e avaliar potencialidades para atender as demandas de empresas; promover capacitação com painéis e palestras de estímulo ao empreendedorismo; realizar maratonas de inovação, entre outras ações.
“Ponta Grossa é uma cidade carente de captação de ideias inovadoras para transformação em negócios, precisamos movimentar este cenário e fomentar a inovação dentro das universidades, melhorando a relação entre a academia e os empresários”, explica o consultor do Sebrae/PR, Marlon Farias.
A terceira estratégia é a criação de um Centro de Inovação, um espaço físico que promova a integração dos atores do ecossistema de inovação. “Queremos que esse movimento de inovação aconteça neste local e em toda a cidade, possibilitando a integração entre empresários, professores e desenvolvedores, com a instalação de incubadoras, programas de aceleração, e que negócios inovadores sejam criados no espaço”, destaca.
Estudo
O consultor do Sebrae/PR relembra que, no início de 2017, a Prefeitura de Ponta Grossa, Sebrae/PR e Fundação Certi promoveram o estudo do mapeamento do ecossistema de inovação, que aponta qual a vocação do Município, detalha as competências instaladas, as oportunidades disponíveis e quais são as tendências mundiais na área da tecnologia que podem ser trabalhadas localmente.
“Todas essas informações foram cruzadas e definidas as vocações, que foram apresentadas em um workshop realizado em agosto”, diz Marlon Farias. A pesquisa, realizada pela Fundação Certi, que utilizou a metodologia Delta Opportunity, apontou que, dentre as vocações, aparecem os setores do agronegócio, química/materiais, tecnologia da informação e comunicação e mecatrônica.
Outra etapa do estudo, chamada de Radar da Inovação, focou em oito vertentes para cada uma das quatro vocações, analisando a governança, políticas públicas, cluster, empreendedorismo e inovação, capital, talentos, entre outros. Esta etapa também foi validada junto aos atores do ecossistema, em encontro realizado na sede do Senai, em Ponta Grossa, em setembro de 2017.