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Elas apresentaram uma solução para acelerar e desburocratizar os processos de compra e venda de soja e milho nas cooperativas

Uma equipe formada só por mulheres foi a grande vencedora da terceira edição do Hackathon Smart Agro, realizada entre a última sexta-feira e este domingo (15), no Pavilhão Smart Agro, dentro da ExpoLondrina 2018. Os participantes, divididos em 16 equipes, trabalharam mais de 40 horas para apresentar soluções tecnológicas e inovadoras voltadas para os problemas do agronegócio.

O primeiro lugar ficou com o projeto desenvolvido por Marizângela Rizzatti Avila, Yara Camila Fabrin Cabral, Gleicy Laranjeira e Stephane Hesae Takemiya.  O grupo a Digi Safra, um aplicativo para compra e venda digital de soja e milho.  “O agricultor pode vender a produção na hora ou autorizar uma venda futura, assinando eletronicamente. Já a cooperativa pode gerenciar os contratos online e prever o potencial de negócios com base nessas informações”, explica Stephane. O objetivo principal da ideia é acelerar e desburocratizar o processo, evitando desperdício de tempo e de dinheiro com a assinatura de papéis.

A segunda colocação ficou com a equipe de Eduardo Franz Luvison, Vanessa dos Anjos Borges, Aparecido Fernando Ferreira da Silva, Artur Ciappina Feijó e Laís Martins Rossetto, que criou a OX Fat. Laís explica que o grupo desenvolveu uma espécie de aparelho de ultrassom para medir a gordura do boi antes de o animal seguir para o abate. Ela justifica que, quando a capa de gordura está abaixo do padrão exigido, o produtor pode ser penalizado e a carne mal recebida no mercado. A participante destaca a importância das mentorias para a validação da ideia de negócio. “A opinião dos produtores rurais e pesquisadores facilitou na resolução do problema”, opina.

Em terceiro lugar ficou a equipe criadora da Rex-9, formada por Gustavo Okano Alves Pinto, Vinícius Ferreira, Vinícius Gambi e Júlio Maruyama. Eles desenvolveram uma plataforma baseada em sensores para atuar na segurança patrimonial nas propriedades rurais. O projeto consiste em instalar dispositivos na porteira, sensores de presença na fazenda, GPS nos tratores, baseados em uma rede global de Internet das Coisas de baixo custo. “A antena foi instalada em Londrina na sexta-feira e fomos os primeiros a fazer a conexão com a rede”, conta Pinto.

Na avaliação do consultor e gestor do projeto de Startups do Sebrae/PR, Lucas Ferreira, a maratona foi um sucesso. “As startups que se apresentaram no domingo tinham soluções muito maduras e com grandes chances de acessar o mercado com velocidade”, argumenta. Para ele, o envolvimento de grandes empresas nas mentorias e avaliações dos projetos garantiu que as três ideias premiadas tenham bastante aderência às necessidades mais latentes do agronegócio quando o assunto é inovação.

Agora, o Sebrae/PR e a Sociedade Rural do Paraná (SRP) vão organizar um Demo Day, ou seja, um dia de demonstração, para que as startups participantes da maratona apresentem novamente seus modelos de negócios e evolução dos projetos para concorrer a uma das seis vagas do 2º ciclo de aceleração da Go Agritech, que funciona dentro do Parque Ney Braga.

Para o diretor comercial da SRP, Nivaldo Benvenho, nesta terceira edição, o nível das propostas se elevou muito. “Algumas delas, levadas adiante, são muito disruptivas”, garante. Ele afirma que foi interessante observar participação dos jovens, que vieram de 14 cidades brasileiras para a maratona. Benvenho destaca, também, o fato de o time campeão ser 100% feminino, o que é muito positivo dentro de um setor majoritariamente masculino, como é o caso do agronegócio.

A terceira edição do Hackathon Smart Agro foi organizada pela Sociedade Rural do Paraná (SRP), Sebrae/PR e Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação de Londrina. Neste ano, as empresas Adama, Agro 100, Bela Agrícola, GDM Seeds, Genesis Group, e Integrada Cooperativa Agroindustrial participaram como mentoras e avaliadoras dos projetos.

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