Desenvolvido pela Unidade Embrapii INT em conjunto com a Medmep, o método de encapsulamento das células permite sua sobrevida em ambiente fora de laboratório
O projeto da Unidade Embrapii INT, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCTI) em parceria com a empresa MEDMEP – Excelência em Medicina Personalizada Ltda., culminou com pedido de patente “Cosmecêuticos para animais de estimação” (BR 10 2023 005989-9), depositado no último dia 30 de março. O trabalho incluiu o desenvolvimento de método para encapsular células-tronco destinadas a tratar doenças autoimunes em animais de companhia (pets). A tecnologia se vale de processos nanotecnológicos que aumentam a performance do tratamento de lesões e o período de vida do produto em ambiente fora de laboratório.
O resultado contou com fomento Embrapii/Sebrae, que divide com pequenas empresas os custos da Inovação, além de oferecer o suporte tecnológico de Unidades credenciadas da Empresa Brasileira de pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), como neste caso, o INT que atende na área de Tecnologia Química industrial.
“O INT, bem como o apoio da rede de instituições participantes da Embrapii, foi elemento primordial para desenvolvermos uma ideia que alimentávamos há algum tempo de levar ao consumidor final, neste caso o tutor de animais de companhia, o poder curativo das células-tronco. Além da capacidade técnica e dos equipamentos disponibilizados, a Unidade Embrapii INT tornou possíveis testes e simulações que poucos no mercado podem oferecer” – avalia Sheila Laham, sócia-responsável pelas Operações e membro do Comitê de Assessoramento do Grupo MEDMEP.
No Instituto, o trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia de Pós (Latep) com apoio do Centro de Caracterização em Nanotecnologia para Materiais e Catálise (CENANO) em boa parte das experimentações.
“O desenvolvimento otimizou tecnologias consolidadas de micro e nanoencapsulação de moléculas ativas, atendendo a requisitos de segurança e eficácia específicos deste produto” – explica o pesquisador Fabio Dantas, que liderou o projeto pelo INT.
“A pesquisa, por definição, exige grandes volumes de investimento, recursos geralmente exíguos no mundo das pequenas empresas. Sem dúvida a participação destas instituições no fomento a empresas como a MEDMEP é fator primordial para a criação de projetos inovadores em nosso país. Sem seu apoio talvez não tivéssemos nos embrenhado nesta jornada.” – celebra Sheila Laham.