Estimulados pelo projeto de Encadeamento Produtivo, parceria entre Sebrae/PR e Coprossel, grupo planeja aumento de produtividade com qualificação na gestão e no campo

Depois de conhecer questões sobre o mercado externo de grãos na Argentina, grupo de produtores associados à Cooperativa Coprossel, de Laranjeiras do Sul, oeste do Paraná, voltaram os olhos para as tecnologias nacionais da produção de soja. A missão técnica à Embrapa Soja, em Londrina, foi a última agenda especial do ano promovida pelo Sebrae/PR e Coprossel dentro do projeto de Encadeamento Produtivo, do qual participam 100 agricultores da cooperativa.

Segundo o consultor do Sebrae/PR, Edson Braga da Silva, inseridos no projeto, os produtores recebem acompanhamento durante dois anos. “O objetivo maior do Encadeamento Produtivo é fazer com que os agricultores tenham  e entendam suas propriedades como empresas, empreendedores de um negócio rural. Para isso, recebem, desde 2017, orientações de gestão e, ainda, capacitações e missões especiais que instigam a melhoria contínua e possibilitam um olhar mais abrangente sobre a produção”, explica.

Em Londrina, o grupo de produtores conheceu o trabalho de pesquisa desenvolvido pela Embrapa Soja. “Fomos focados em assuntos de interesse dos nossos associados, já que a soja representa 60% da receita anual da cooperativa e principal fonte de renda dos produtores. Enquanto a missão à Argentina proporcionou um olhar globalizado, em julho, a visita à Embrapa, em agosto, mostrou a importância da pesquisa nacional”, destaca Paulo Pinto de Oliveira Filho, diretor-presidente da Coprossel.

Além de conhecerem estudos de novas variedades de soja, os participantes motivaram-se com a apresentação de um cenário positivo para o produto. “A soja é a melhor fonte de proteína para se produzir carne. Isso nos deixa confiante de que estamos num bom caminho. Aliado à isso, questões como evolução da produtividade e qualidade dos grãos também foram expostas. A visita também serviu para mostrar para o produtor o sistema maior onde ele está inserido”, contextualiza Paulo.

O que chamou a atenção da produtora rural de Nova Laranjeiras, Marfisa Terezinha Vieira, foi a possibilidade de daqui a alguns anos, poder adquirir uma variedade de soja mais resistente a seca. “Ainda está em fase de teste, mas a expectativa é grande para garantir qualidade mesmo em 15 a 20 dias sem chuva. Esse tipo de informação deixa a gente mais animada, pois sofremos muito com a estiagem atualmente”, argumenta.

Já para Giumar Buskievicz, agricultor de Virmond, até mesmo o conhecimento sobre o funcionamento dos processos da Embrapa foi proveitoso. “Conhecemos o Banco de germoplasma e de que forma eles buscam tecnologias que melhorem para o produtor brasileiro. Falam muito em qualidade para aumentar a produtividade do agricultor. Isso, na minha avaliação é muito importante, pois vai reverter em lucro nas propriedades”, enfatiza o produtor.

Para o presidente do Sindicato Rural de Laranjeiras do Sul, Miguel Severino Alves, todas as ações oportunizadas pelo Sebrae/PR e Coprossel no projeto de Encadeamento Produtivo puderam ser aproveitadas pelo grupo de produtores rurais. “Fazemos dias de campo e outras capacitações, mas atividades especiais como as visitas e missões técnicas têm agregado conhecimento como um todo ao grupo. Foi ótimo conhecer a Embrapa Soja, que é um centro de excelência da agricultura tropical.”

A ideia central do Encadeamento Produtivo, reforça o consultor do Sebrae/PR, é que médias e grandes empresas (como a Coprossel) possam subsidiar a qualificação das pequenas (a exemplo dos produtores rurais associados) que fazem parte de suas redes de fornecedores. “Até o final deste ano, os produtores continuam sendo orientados sobre a gestão nas propriedades”, garante Edson Braga da Silva.

Uma mescla de aprendizado que mudou a forma de gerenciar as propriedades rurais participantes, como no exemplo de Marfisa Terezinha Vieira. “O projeto chegou exatamente no momento em que mais precisávamos de incentivo para continuar. Hoje, nossa propriedade é uma empresa jurídica, mudamos conceitos e melhoramos conforme o mercado exige. Não planejamos mais somente a cada safra, planejamos mensalmente e em longo prazo”, aponta.

 

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