Marca está autorizada para os queijos colonial artesanal maturado e o imerso em vinho

Agora, Queijo do Sudoeste é uma marca coletiva. A concessão foi autorizada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e, a partir dela, agricultores vinculados à Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná (Aprosud) poderão utilizá-la. A marca coletiva conquistada é para o queijo colonial artesanal maturado, de massa crua, semicozida, e queijo colonial artesanal imerso em vinho durante a maturação.

De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Alyne Chicocki, a conquista agregará valor à produção local.

“A marca irá proteger a origem do queijo, a cultura e a tradição que a região sudoeste do Paraná carrega nessa atividade. Isso também é visto de forma positiva pelo consumidor, que sente mais confiança no produto que está comprando e reflete em maior valor agregado para quem comercializa”, afirma Alyne.

Para Claudemir Roos, que tem uma queijaria em Chopinzinho e é presidente da Aprosud, a marca coletiva dará mais visibilidade aos produtores que são responsáveis por uma produção estimada em 17 toneladas de queijo por mês.

“Mostra para o mercado consumidor que, nos bastidores da produção queijeira, existe uma estrutura técnica, refletindo também em mais segurança para quem consome e para quem busca um produto diferenciado no mercado e com rastreabilidade”, destaca Claudemir.

Com a autorização, os produtores vinculados à Aprosud poderão utilizar a marca coletiva desde que sigam especificações técnicas quanto à forma de produção e a qualidade do queijo. Inicialmente, 18 agricultores, de 11 municípios, poderão utilizá-la. O número deve crescer conforme a entidade for registrando um aumento no quadro de associados.

 

Agricultores vinculados à Aprosud agora poderão utilizar a marca coletiva. Foto: Divulgação

 

Queijo é especial

Segundo Claudemir, o queijo produzido no sudoeste do Paraná traz características especiais que se traduzem em um sabor único.

“Nosso grande diferencial está na utilização do leite cru, resultando em um sabor característico sem perder as suas propriedades. Embora estejamos modernizando os processos de produção, as receitas ainda são antigas e passadas de geração para geração”, explica o produtor.

Produtores

Para o produtor Leocledes Gossler, do município de Chopinzinho, a marca coletiva vem para fortalecer a produção das agroindústrias familiares.

“O sudoeste do Paraná produz queijos que são reconhecidos e consumidos em diversos lugares além do nosso Estado. A marca referencia que temos produtos de procedência e que seguem boas práticas de fabricação”, acrescenta o agricultor.

Na avaliação de Márcio Martinazzo, de Itapejara D’Oeste, com a conquista todos saem ganhando.

“A marca vem para fortalecer essa união em torno da produção no sudoeste do Paraná. Nesse novo momento, estamos prontos para crescermos ainda mais. É um ganho coletivo importante”, conclui o produtor que foi premiado três vezes pela qualidade do queijo produzido.

Parceiros

Além do Sebrae/PR, o projeto conta com a parceria do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar -Emater (IDR-Paraná), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Cresol e produtores rurais.

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