Em reunião na Prefeitura de Santo Antonio do Sudoeste, fronteira do Paraná com a Argentina, nesta terça-feira (15), representantes do Sebrae/PR apresentaram a lideranças empresariais e políticas um estudo preliminar para a implantação de Estação Aduaneira do Interior (Eadi), comumente chamada de Porto Seco. Foi a primeira etapa do projeto, que integra o programa de Desenvolvimento Territorial da Fronteira.
Inicialmente, foram coletados dados gerais e de legislação que servirão de base para o estudo de viabilidade da instalação do Porto Seco. Elizandro Ferreira, consultor do Sebrae/PR, explica que o estudo técnico verificou a forma de organização e de funcionamento de várias estações aduaneiras do interior no Estado e no País.
“Existem vários ‘gargalos’ no país, do ponto de vista logístico, que justificam a implantação de mais uma Eadi na região de fronteira no Paraná”, relata Elizandro. Segundo o consultor, o Porto Seco propiciará, por parte da Receita Federal, mais agilidade na liberação do grande fluxo de mercadorias do Mercosul, que tem na região a porta de entrada ou saída para o comércio internacional.
A segunda etapa do projeto já está definida com a realização de estudo técnico e econômico. O gerente da Regional Sul do Sebrae/PR, Cesar Giovani Colini, considera de alta relevância a implantação do Porto Seco, em Santo Antonio do Sudoeste.
“É uma evidência clara dos esforços coordenados da comunidade local. Com o compromisso da Prefeitura em dar a agilidade necessária ao projeto e com apoio de voluntários, capacitados pelo Sebrae/PR, que integram o comitê de Desenvolvimento Territorial, estamos buscando melhorar o ambiente de negócios no território”, contextualiza Cesar.
Apoio do Estado
Zelírio Peron Ferrari, prefeito de Santo Antonio do Sudoeste, salienta que a comunidade da Fronteira acompanha com muito interesse o estudo sobre o Porto Seco. Após a confirmação da viabilidade, o prefeito revela que há conversas com o Governo do Paraná para a utilização de unidade da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) no município, para criar a Eadi.
“O Porto Seco representará muito para a região, tanto para os argentinos como para nós. A comunidade está envolvida com o projeto. Só assim, com apoio de todos, empresários, lideranças, vamos alcançar o desenvolvimento pretendido”, afirma o prefeito Zelírio.
O grupo que trata do tema Aduanas, integrante do programa de Desenvolvimento Territorial da Fronteira, solicitou ao Sebrae/PR o estudo de viabilidade do Porto Seco. O empresário Maiko Kleverson Priamo, presidente do grupo Aduanas, detalha o trabalho desenvolvido pelos voluntários até o momento, como o reconhecimento da ponte que liga Brasil e Argentina, entre Santo Antonio do Sudoeste e San Antonio.
“A ponte, feita há muitas décadas, não era reconhecida oficialmente como ligação entre os dois países. Fizemos a solicitação junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a habilitação da ponte para transporte internacional foi concedida em 29 de novembro do ano passado. Foi o primeiro passo para a instalação do Porto Seco”, recorda Priamo.
O empresário informa que o grupo tem trabalhado em duas frentes. “Com a Receita Federal, para a criação de uma aduana de turismo, e na implantação da Eadi”, finaliza.
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