“BOM PARA VOCÊ, VOCÊ ESTÁ MUITO BEM SEM MIM, QUERIDO, IGUAL UM SOCIOPATA”. Provavelmente, você já deve ter ouvido essa música em algum momento rolando o feed do seu Instagram. Em inglês, obviamente. “Good 4 u”, do fenômeno mundial Olivia Rodrigo, é um ótimo exemplo de como o comportamento do usuário é influenciado pelas redes sociais. A canção da artista estadunidense é uma das tantas que viralizaram nos últimos tempos com direito a pessoas dançando, dublando e, mais recentemente, comparando o hit com um outro sucesso musical de 2007, “Misery Business”, da banda Paramore.
A quantidade de vídeos e músicas virais que aparecem diariamente nas redes sociais, principalmente com o TikTok, são imensuráveis. A rede social chinesa viralizou durante a pandemia do novo coronavírus e trouxe uma enorme mudança no comportamento dos usuários das redes sociais: são dancinhas, vídeos de reação, duetos, enfim, centenas de conteúdos produzidos e que bombam em nossos feeds.
Um bom exemplo são os vídeos do senegalês Khaby Lame, que aposta em produções satirizando tutoriais complicados. O jovem, de 21 anos, já soma mais de 80 milhões de seguidores no TikTok e mais de 30 milhões no Instagram.
Percebendo a influência cultural, social e de decisão de compra que o TikTok exerce no comportamento dos usuários, o Instagram anunciou que vai priorizar a entrega de conteúdo em formato de vídeo.
Veja as quatro principais mudanças que vêm por aí:
Mas a guerra das gigantes não é de hoje! Todo mundo lembra do Orkut, né? (SE VOCÊ LEMBRA, TÁ CHEGANDO SUA VEZ DE VACINAR!). Algumas comunidades clássicas, como “Eu odeio acordar cedo”, “Imagina se pega no olho?” e “Anão vestido de palhaço mata 8”, mostram que o comportamento do usuário é influenciado pelas redes sociais desde sempre. A principal rede social usada pelos brasileiros nos anos 2000 foi extinta em 2014, quando o comportamento do usuário na hora de consumir conteúdos, informações e interagir com sua rede mudou.
Os usuários começaram a migrar para o Facebook e passaram a curtir páginas de seus interesses, além de “cutucar” as pessoas. Foi aí que alguns memes clássicos do Brasil também viralizaram..
Outro exemplo dessa briga por prender a atenção dos usuários é quando o Instagram superou o Snapchat. Nessa disputa, o Instagram levou a melhor! Percebendo a mudança no comportamento dos usuários, Tio Zuck (que já havia comprado a então rede social de fotos conceituais e de comida em 2012) tratou de implantar os stories.
Sem sombra de dúvidas a pandemia mudou o comportamento de todo mundo, inclusive no consumo dos conteúdos disponibilizados nas redes sociais. Mais uma vez, o Instagram não quer ficar para trás e deseja superar a rede social vizinha com as novidades anunciadas no início do mês de julho.
O QUE TEM MUDADO?
Como dissemos antes, a pandemia do coronavírus provocou mudanças significativas no comportamento dos usuários. Desde o consumo de notícias, a compra de produtos e até a busca por entretenimento. Passamos muito mais tempo on-line e consumimos conteúdos em vídeo de diferentes formas: trends, dancinhas, dublagens, virais.
Qualquer conteúdo produzido em formato de vídeo tem muito mais chance de ser consumido. No Brasil, o YouTube é a rede social mais usada, ultrapassando a marca de 98 milhões de contas, sendo 60% dos usuários homens. Vale registrar ainda que 50% dos brasileiros acreditam que podem encontrar tudo que precisam na rede de compartilhamento de vídeos.
Em segundo lugar está o Facebook, somando mais de 130 milhões de usuários, sendo que 51% desse total são mulheres. O Instagram está em terceiro lugar, com 69 milhões de usuários, e 59% dos usuários se identificam como do sexo feminino.
É importante saber desses números, entender quem é seu público, em qual rede social ele está e como é o comportamento dos usuários. Tendo essas informações, é possível criar uma estratégia de marketing digital efetiva para o público da sua marca, com conteúdos direcionados, metas estabelecidas e resultados positivos.
As redes sociais não são mais apenas para manter contatos: elas tornaram-se também fontes de informação. Para o seu negócio, são portas de entrada para novos clientes, que buscam por conteúdos de valor, que agreguem na hora da compra. Mais do que nunca, o usuário tem o poder de conversar com a marca, podendo ser uma interação positiva, se estiver satisfeito com o que consome, ou negativa, caso adquira um produto, por exemplo, e o mesmo não cumpra as expectativas.
Um exemplo positivo de como as redes sociais influenciam o comportamento dos usuários quando defendem sua marca e compram sua ideia é o da campeã do Big Brother Brasil 2021. De completamente desconhecida, a paraibana Juliette Freire se tornou um fenômeno nas redes enquanto esteve confinada. A advogada saiu da casa com mais de 30 milhões de seguidores – superando artistas de renome internacional, como Madonna e Victória Beckham.
Um exemplo negativo é da também ex-participante do programa Karol Conká, eliminada com 99,17% dos votos – maior rejeição da história do BBB. Por suas falas e seu comportamento dentro da casa, a rapper perdeu centenas de seguidores. Muita gente, inclusive, dizia que a carreira dela havia acabado. O comportamento dos usuários nas redes sociais também não foi nem um pouco agradável, tendo Karol e sua família sofrido muitos casos de racismo.
As redes sociais têm sido utilizadas por pessoas e empresas com o objetivo de garantir a autopromoção ou simplesmente para fortalecer negócios, além de gerar possíveis oportunidades. Por isso, saber o que postar e como agir nesses canais é essencial para ter um bom engajamento e assegurar uma boa relação com seus seguidores e seus clientes.
COMO AS MARCAS DEVEM SE COMPORTAR NESSE MOMENTO?
O TikTok ficou mundialmente conhecido por ser um aplicativo em que as pessoas podem gravar vídeos com fundos musicais, fazer recortes e dublagens. Sua influência é imensurável no comportamento dos usuários: filtros, desafios, dublagens, entre outros formatos de conteúdos, fizeram a rede social chinesa superar o número de downloads do Facebook em 2020.
Percebendo essa mudança no comportamento dos usuários, o Instagram criou o Reels. A ferramenta, disponibilizada dentro do próprio aplicativo, possui praticamente as mesmas funções do concorrente.
O Brasil é o país mais influenciado por redes sociais: está na frente da China, Índia e Estados Unidos. O entretenimento em formato de vídeo destaca-se entre os conteúdos mais consumidos pelos usuários.
O comportamento dos usuários é influenciado por suas experiências nas redes. Afinal, são eles mesmos que produzem novos conteúdos, competições e escolhem as próximas músicas que irão bombar nas redes e gerar milhões de visualizações e acessos.
Sabendo que o comportamento do usuário muda constantemente, é preciso adaptar-se a essas novas ferramentas para não cair no esquecimento. Empresas e marcas precisam se reinventar para acompanhar as tendências e conseguir conversar com seus clientes, passando informações sobre seu produto ou serviço.
Anúncios cada vez mais rápidos, muita produção de conteúdo, divulgação de dicas gratuitas para chamar a atenção, fotos vitrine que viraram reels e a imersão nesse “novo mundo” auxiliam os empresários a caminhar lado a lado com as inovações digitais.
O QUE FAZER AGORA?
Não adianta sair copiando todos os vídeos e brincadeiras que se vê por aí. É preciso que as marcas conheçam bem seus públicos, saibam escolher corretamente as plataformas que utilizam e como é o comportamento do usuário para apostar nas ações de marketing que trarão resultados de acordo com os seus objetivos.
Pesquise! No Instagram, no TikTok, no Facebook. Dê um Google. Veja o que as marcas e pessoas do mesmo nicho que o seu estão fazendo, quais fundos musicais combinam com o que você quer transmitir, qual tipo de vídeo tem a ver com o conteúdo que você deseja passar. Entenda o comportamento do seu cliente nas redes sociais, afinal, existe uma infinidade de possibilidades para navegar por elas!
PALAVRAS-CHAVE: Comportamento do usuário, TikTok, Instagram, Redes Sociais, Vídeos