Entre 2020 e 2022, anos mais afetados pela pandemia, o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe – Sebrae/MT) viabilizou mais de R$ 255 milhões em empréstimos aos pequenos negócios do estado. O valor corresponde a cerca de 80% do volume de crédito liderado e apoiou mais de 4.100 empresas.

O senhor Marciano Silva, prestador de serviço de tornearia mecânica, da cidade de Primavera do Leste, foi um dos empresários apoiados pelo Fundo. Em 2022, Marciano se viu em meio a dívidas adquiridas no início da pandemia e precisou buscar saídas para organizar seu capital de giro. “Precisei recorrer ao empréstimo para conseguir reorganizar o caixa e também possibilitar alguns ajustes que o período nos pediu”, conta.

A atuação do Sebrae, pontua o empresário, não foi somente na facilitação para liberação do empréstimo. “A equipe também me acompanhou na aplicação dos recursos, auxiliando em todos os processos de gestão. Neste momento é que vemos que não sabemos muitas coisas e, por isso, às vezes, não conseguimos chegar aos resultados bons. Toda parte de consultoria do Sebrae me deu base para organizar meu capital, pagar o empréstimo e ampliar as ferramentas do negócio”, observa.

De acordo com o analista de Competitividade do Sebrae/MT, Fábio Apolinário, o programa se tornou um forte instrumento de apoio neste cenário de crise, ajudando muitos negócios a não decretarem falência.

“A instituição conseguiu oferecer um Fundo totalmente reformulado e que alcançou às necessidades dos nossos pequenos negócios, os quais se esbarram muito na insuficiência de garantias quando vão tentar acessar as linhas de créditos. Diante desta realidade, este crédito foi fundamental para fornecer os recursos e garantir a sobrevivência desses negócios”, destaca.

Em sua maioria, os recursos, segundo Fábio, foram aplicados, além da quitação de dívidas e adequação aos protocolos de segurança para a reabertura, na ampliação dos negócios para o ambiente virtual.

“A pandemia acelerou a transformação digital. Os negócios, em tempo recorde, tiveram que aprender a atuar neste universo”, observa o analista que frisa o papel do Sebrae, além de avalizador. “A instituição, como já citado, não tem a preocupação em ser somente o garantidor de recursos. O Sebrae atua fortemente após a liberação dos valores, apoiando os empresários na aplicação desse dinheiro, corroborando para que os negócios construam bases sólidas e consigam resultados positivos. Os eixos trabalham juntos e tudo isso impacta lá na ponta, em uma economia saudável”, analisa.

Com a atuação neste período, o Fampe alcançou também a marca de R$1,6 bilhão de empréstimos. O montante corresponde a 27 mil operações e 15 mil negócios assistidos, em 27 anos de atuação do programa em Mato Grosso.

“O fato de o Sebrae ter sempre se preocupado em manter seus programas atualizados, ajudou para que chegássemos (e atuássemos) neste cenário de crise de maneira mais assertiva. Estamos ainda sentindo os resquícios dessa crise. A economia tem se recuperado, porém entendemos que o cenário é de desafio para os pequenos negócios. Mas na outra ponta, é o momento de mostrarmos que os pequenos negócios têm grande potencial para conquistar o protagonismo desse retorno do desenvolvimento econômico e social do estado e do país”, conclui.

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