Produtores de 36 áreas rurais do Estado foram fiscalizados e devem prestar informações ao Crea-PR

O uso de tecnologias tem contribuído para que o Crea-PR seja uma instituição referência em inovação e agilidade nos processos de fiscalização nas áreas urbanas e rurais. Prova disso, é que por meio de imagens de um satélite foi possível desenvolver um trabalho de assistência técnica em culturas agrícolas.

O projeto piloto foi implantado no norte do Estado e teve como foco áreas rurais de seis municípios da região de Londrina. A equipe que esteve à frente dessa iniciativa identificou que em 36 propriedades não havia responsáveis técnicos pelos cuidados das culturas existentes.

A Engenheira Ambiental, Mariana Alice Maranhão, Gerente do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, comenta que por meio dos modernos recursos e o cruzamento de dados com órgãos conveniados como Adapar – Agência de Defesa Agropecuária do Paraná e Seab – Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento foi possível definir uma estratégia que rendeu bons resultados.

“Utilizando imagens gratuitas fornecidas pelo satélite Sentinel 2, foi possível identificar a existência de culturas agrícolas, as quais devem possuir um responsável técnico. A partir dos resultados, implantaremos a rotina de fiscalização através de imagens no Conselho, já na próxima safra, otimizando os nossos recursos e aumentando o alcance da fiscalização”, ressalta.

Mariana detalha que o projeto permitiu identificar, além da área da cultura agrícola, os proprietários, a existência de receituário agronômico e, sobretudo, o responsável pela assistência técnica. “Não basta apenas obter uma imagem para que o Conselho fiscalize. É necessário identificar a atividade técnica de engenharia, que neste caso, é na área da agronomia”, afirma.

O Engenheiro Cartógrafo e Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Giovani Castolldi, que atua como Analista de Geoprocessamento, no Departamento de Tecnologia da Informação do Crea-PR, foi responsável pelo processamento das imagens do satélite. “A equipe de fiscalização define os municípios e o período a ser analisado, e com base nisso, busco as imagens de satélite da região escolhida e faço a análise temporal identificando onde houve desenvolvimento de culturas agrícolas”, explica.

As imagens passam por um filtro e com cálculo de índices de desenvolvimento vegetativo e aplicação de contraste de cor, é possível identificar se houve avanço da produção vegetal, além da presença de lagos e rios. O projeto também contou com informações que são disponibilizadas para consulta pública pelo CAR – Cadastro Ambiental Rural e dados das unidades consumidoras da Copel, para localizar os responsáveis por cada propriedade.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná iniciou o encaminhamento de ofícios aos produtores das áreas fiscalizadas e espera até o fim da safra verão, em fevereiro, receber um retorno de todos eles.

“Algumas manifestações já foram feitas. O projeto piloto possibilita um planejamento de fiscalizações em grandes propriedades, monitoramento das safras, se contam com responsáveis técnicos, além da construção de um banco de dados, que ainda não tínhamos”, destaca o Engenheiro Civil, Alexandre Fleuringer, Facilitador de Fiscalização da Regional Londrina do Crea-PR.

Importância do Engenheiro Agrônomo

O profissional atua em todas as etapas da produção dos alimentos, desde o estudo das condições de plantio até a venda do produto final. O trabalho feito pelo Engenheiro Agrônomo reflete na qualidade da segurança alimentar, na sustentabilidade e na preservação do meio-ambiente. No Paraná, onde a produção de alimentos é uma das forças econômicas estaduais, 17.711 profissionais registrados estão em atuação.

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