Sérgio Caribé, procurador do TCU, participa nesta semana do 6º Seminário Internacional de Acessibilidade, do Crea-PR

A importância das tecnologias de acessibilidade para a inclusão de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no cotidiano foi destacada em um recente relatório divulgado pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI). De acordo com Dr. Sérgio Caribé – Procurador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Brasília, essas tecnologias devem ser adequadamente consideradas no projeto e desenvolvimento de produtos e serviços, pois permitem que essas pessoas tenham autonomia e segurança ao utilizar espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação. Sérgio participa, nesta semana, do 6º Seminário Internacional de Acessibilidade, organizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).

As tecnologias assistivas ou ajudas técnicas são instrumentos voltados à promoção da acessibilidade e visam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. Dentre as tecnologias disponíveis, destacam-se as de reconhecimento de fala, leitura de tela e legendagem em tempo real, que possibilitam às pessoas com deficiência física, visual e auditiva, respectivamente, o acesso e interação com dispositivos eletrônicos, conteúdo digital e eventos sociais.

Ao considerar os parâmetros do desenho universal no projeto de produtos e serviços, as engenharias contribuem para uma sociedade mais inclusiva, promovendo a igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Essa mudança de paradigma, ao favorecer a participação de todos, contribui para uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

Além disso, as empresas e organizações que investem em tecnologias de acessibilidade podem alcançar novos usuários e contribuir para a inclusão social de pessoas com deficiência, expandindo seus mercados e melhorando sua reputação no mercado. Dessa forma, ao incluir as tecnologias de acessibilidade em seus processos de desenvolvimento, as empresas não apenas contribuem para a construção de uma sociedade mais inclusiva, mas também para o crescimento econômico do país.

Segundo Sérgio, é importante considerar a acessibilidade desde o início do processo de design e desenvolvimento de produtos e serviços, para garantir que sejam acessíveis e inclusivos para todas as pessoas. Isso ajuda a criar soluções de acessibilidade que funcionem bem com o produto ou serviço, identificar e corrigir problemas antes do lançamento e garantir que as pessoas com deficiência possam usar e acessar produtos e serviços com igualdade de oportunidades. Isso pode resultar em maior engajamento do usuário e ajudar as empresas a cumprir as leis e regulamentos sobre acessibilidade.

“Ao criar produtos e serviços acessíveis, as engenharias podem garantir que as pessoas com deficiência possam usar e acessar esses produtos e serviços com igualdade de oportunidades. Isso pode conduzir a um maior engajamento e fidelidade do usuário, em face de uma experiência mais satisfatória. Ao mesmo tempo em que favorece que as empresas e organizações cumpram as leis e regulamentos que dispõem sobre a acessibilidade, evitando eventuais litígios e penalidades”, afirmou.

Sergio completa que a acessibilidade é um tema transversal que demanda um olhar multiprofissional e interdisciplinar. Nesse sentido, as engenharias podem colaborar com outras áreas do conhecimento, como a psicologia e a sociologia, para identificar e compreender melhor as necessidades das pessoas com deficiência, garantindo que seus produtos e serviços sejam verdadeiramente inclusivos.

“Para alcançar esse fim, cada área do conhecimento pode contribuir por uma determinada perspectiva. A psicologia pode ajudar a entender como os usuários interagem com os produtos e serviços, e como essas interações afetam seu bem-estar. A sociologia, por sua vez, permite investigar como as pessoas com deficiência se relacionam com a sociedade, assim também como as atitudes e políticas sociais afetam sua qualidade de vida”, concluiu.

O seminário
O 6º Seminário Internacional de Acessibilidade, organizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) acontece nos dias 10 e 11 de maio, no Unibrasil Centro Universitário, em Curitiba. O objetivo do evento é ampliar o debate sobre acessibilidade entre os profissionais e a sociedade civil.

O Seminário Internacional de Acessibilidade do Crea-PR, é promovido a cada dois anos pela Comissão de Acessibilidade do Conselho com o intuito de conscientizar e sensibilizar tanto os profissionais das engenharias quanto o público em geral sobre a importância da acessibilidade para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou outras limitações que afetam o acesso a determinados locais, sejam eles urbanos ou rurais.

A iniciativa busca motivar os participantes a considerar questões de acessibilidade em seus projetos e construções, visando garantir a igualdade de oportunidades e direitos para todos na sociedade.

Para acessar a programação completa do Seminário, clique aqui.

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