Palestra ministrada por Gil Giardelli fez profissionais da educação entenderem o empreendedorismo como motor de inovação e criatividade

O diálogo e debate sobre as oportunidades e desafios para o ensino superior do Oeste paranaense foram os destaques do III Simpósio de Educação Empreendedora, realizado na última quarta-feira (24), no escritório do Sebrae/PR, em Cascavel. O simpósio instigou educadores a discutirem sobre as melhorias necessárias a fim de preparar os alunos para os desafios que o mundo exige.

Após a apresentação de pesquisas e experiências relacionadas ao empreendedorismo e inovação, o encerramento do simpósio ocorreu com a palestra “Educação, tecnologia e inovação – oportunidades e desafios para o Ensino Superior”, ministrada pelo professor, pesquisador e estudioso em inovação, Gil Giardelli.

“Não é apenas uma era de mudanças. Estamos vivendo constantes transformações como nunca antes. Por isso, já é hora de entendermos que a educação deve ser sistêmica, propondo avanços e incentivos para que os alunos saiam da caixa. É uma era de colaboração e conectividade e a educação deve se apropriar disso em sala de aula”, pontuou Gil.

Durante a palestra, o professor apresentou novas habilidades para a economia que devem ser levadas em consideração no processo educacional, dentre elas a inteligência social, aprendizado rápido, pensamento adaptativo, visão da 3ª revolução digital, colaboração global e virtual, competência cultural cruzada, novas alfabetizações, pensamento em rede e flexibilidade cognitiva. “Eu pergunto a vocês: será mesmo que estamos formando cidadãos com estas habilidades? É preciso pensar numa educação de alto impacto, que une, motiva e inspira os alunos a irem além do convencional”, provocou Gil.

A pedagoga Emanuelli de Oliveira Avila, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), aproveitou a presença do pesquisador para tirar dúvidas e expor as experiências vividas na Universidade. Segundo ela, a instituição em que trabalha reúne acadêmicos das mais diversas etnias e a diferença do pensamento entre brasileiros e mexicanos, argentinos e uruguaios, por exemplo, é muito nítida.

“Percebemos que os alunos de outras partes da América Latina já chegam ao ensino superior sabendo o que é empreendedorismo e como ele é importante para alavancar as inovações. Os brasileiros, no entanto, ainda não têm esse pensamento muito claro e é necessário aproveitar a alta performance intelectual dos nossos alunos. E eu quero um Brasil melhor, um Brasil em crescimento. Mas para isso, precisamos implantar a ideia de que é preciso abraçar o empreendedorismo como motor de desenvolvimento”, destacou.

A professora universitária Jéssica Moreira, do Centro Universitário FAG, acredita que Gil estabeleceu um ponto de ligação entre a teoria e a prática. “Somos os semeadores do impulso para o senso crítico de cada geração que entra em sala de aula. A palestra mostrou o quanto a não valorização do professor no Brasil pode mudar se/quando nós acreditarmos mais neste poder”, enfatiza.

Resultados

Para a consultora do Sebrae/PR, Nara Regiane Reinheimer Pick, o balanço final da ação foi bastante positivo. “Os objetivos do evento de proporcionar o compartilhamento de boas práticas entre os educadores no ensino do empreendedorismo e promover um debate sobre os desafios e oportunidades das IES na preparação dos profissionais atuais e futuros foram totalmente atingidos”, destaca. “O evento serviu não somente para validar a percepção dos profissionais de educação sobre a necessidade de mudanças mas também apontou caminhos sobre como é possível avançar neste processo. Mais do que tecnologia, inovar é mudar o modelo mental das pessoas, a forma como se relacionam e desenvolvem soluções para problemas complexos”, destaca.

No total, 55 pessoas participaram do III Simpósio de Educação Empreendedora, realizado pelo Sebrae/PR, que contou com o apoio do Comitê Territorial dos Pequenos Negócios (CTPN) do Oeste, Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), do SRI – Sistema Regional de Inovação do Oeste do Paraná e Conselho do Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Cascavel (Cascavel 2030).

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